O que diria Augusto?
Que me ajudem Baudelaire ou Augusto,
Para a dantesca cena descrever.
Só de imaginar temo e me assusto,
Um triste fim ameaça acontecer.
A indesejada já livre campeia,
Os ataúdes fazem-se escassos.
O sofrimento cai como uma teia,
Sobre as gentes avança a largos passos.
Um vírus peçonhento é o ajudante,
De quem se vale a velha ceifadeira,
Nesta sua missão apavorante.
O medo é a companhia mais constante.
Qual será de nós a seguir adiante,
Tendo a esperança por companheira?