Trilha do bem

 
Nas guerras frias, quando as perseveranças são confusas
Os ataques nas batalhas da vida divergem e você sente
Obstáculos momentâneos paralisam as ações emergentes
Adentram nos invólucros corpóreos e vão ficando difusas.

O corpo lentamente se fechando na escuridão do clausuro
Prisões sem grades e algemas que ficam inertes e a debalde
Fascinante o existir, incógnitos desígnios, ficamos arrabalde
Crenças e regras se difundem na essência do ser obscuro...

Sonâmbulos ou determinados, ondulosos são os horizontes
Numa noite sem estrelas, num amanhecer ou na tarde calma
Incrédulas as desesperanças, altaneiros são os belos montes.

Brandos véus quando seguimos os caminhos do bem, avultam...
Bem-aventuranças nas sinfonias silenciosas, inspiram as almas
No fulgor das existências a comunhão dos peregrinos exultam.



 
Texto e imagem: Miriam Carmignan