SONETO COVID-19
E de repente o mundo entrou em colapso
Depois do alastramento de uma doença
Fez-se vigente a ausência de um abraço
Posto o verbo cruel quando não se pensa
Num contexto vazio que cá rechaço
Entre pessoas numa troca de ofensas
Em argumentos pobres e devassos
Enquanto a vida lá fora é (in)tensa
A fauna e a flora respiram ilesas
O ar cada vez mais casto se figura
Talvez tu, este mundo, não mereças
Se até a água se faz cristalina e pura
Sem você! Libertou-se a natureza
Então seria esse vírus praga ou cura?