A VIA-CRÚCIS, AGORA É NOSSA
Economia versos pessoa.
Amor ao semelhante
O som da pandemia ressoa,
Mas o olho capitalista continua brilhante.
Caminhões cheios de corpos, não chocam,
Um coração de gelo.
Enquanto os brutos se equivocam
Médicos escolhem quem vai para o flagelo
Sacrificar-se por desconhecidos
Não é para qualquer um,
Só para os fortes esclarecidos.
É deveras dolorido
Ouvir o número de mortos
Pelo caos estabelecido.
Ênio Azevedo