FLOR-DE-VIOLETA

FLOR-DE-VIOLETA

Na dor, colhamos flores à Natura

Onde a melancolia se apresenta:

Os pigmentos do ciano e do magenta

N'um céu crepuscular se nos figura…

No amor, ousemos prismas de ternura

Decompondo da luz ultraviolenta

As ondas onde o azul ao rubro enfrenta

Em meio aos tons da réstia claro-escura.

Luz, claramente brilha sobre o amor,

Resplandecendo a aura face ao poeta,

Em iridescente olhar, violácea cor.

Cor, belamente tinge-se dileta

Em pétalas sublimes, roxa flor;

Tão misteriosa cor flor-de-violeta…!

Belo Horizonte -12 04 1997