ÁGUAS TURVAS
Ao amigo Dr. Juliano Ribeiro Mendes
Estamos navegando em águas profundas, amigo!
Turvas águas que se precipitam em nossa alma...
Dor que nem mata e nem deixa viver, tira a calma!
Mas, em todas as navegações, é certo, há perigo...
Outro dia, ouvi falar de uma praça da paz celestial!
Ironicamente era um horror, um campo de batalha!
Assim estamos nós, com barco em água que encalha,
Ancora enferrujada, rodeados de peixes, odor bestial!
Nos deixamos levar pela correnteza fria, sem rumo...
Dizemos sim, quando devíamos dizer, não e um não
Quando podíamos ficar calados... Perdemos o prumo!
Ah, amigo! Agimos com o pobre do nosso fraco coração,
Que nem sempre sabe a diferença entre o certo e o feliz!
Eu sei... Águas turvas... Isso foi o que a gente nunca quis.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 19.08.2014
21h21min [Noite]
Estilo: Soneto