Frevo

Um corsário a enganar a tal da escrita,

Que me excita aos poemas e me atrevo,

Atinge o nervo, a cabeça vibra e agita,

Que dance os anjos em meus versos, frevo!

Engrandeço o tom da rima sem dar berro,

Desenterro o vocábulo, desordeno a ideia,

Deu audiência, faço ouro deste barro,

Aprisiono a letra para virar prosopopeia.

Não se pode tolerar, a palavra, ser perdida,

São estímulos dos versos pra outra vida,

Protegidas num baú que são os poemas,

E veladas sempre enérgicas e em chamas,

Das palavras que ao versejar eu somo,

Que crescem dos neurônios não sei como.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 11/04/2020
Código do texto: T6914104
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