A CURA E A LAMPARINA...

Nem todo esmo é vítima de lamparina,

Quando a luz do amor não mais o ilumina,

Por mal querê-lo, lhe escurecer a sina,

Não por maldade, mas por zelo.

Nem toda ação invoca ou respinga,

No soltar das mãos que mal se sinta,

O asco ou qualquer bem que ressinta,

Mas apenas a ausência do desejo.

Por isso perdoei a ti por meus tropeços,

Deixei de graça o que me foi caro o preço,

Antes que me atingisse a loucura.

Ironicamente, embora te sinta por apreço

O coração não pulsa tal qual no começo...

Quando me atingias com a cura.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/04/2020
Código do texto: T6912626
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