A CURA E A LAMPARINA...
Nem todo esmo é vítima de lamparina,
Quando a luz do amor não mais o ilumina,
Por mal querê-lo, lhe escurecer a sina,
Não por maldade, mas por zelo.
Nem toda ação invoca ou respinga,
No soltar das mãos que mal se sinta,
O asco ou qualquer bem que ressinta,
Mas apenas a ausência do desejo.
Por isso perdoei a ti por meus tropeços,
Deixei de graça o que me foi caro o preço,
Antes que me atingisse a loucura.
Ironicamente, embora te sinta por apreço
O coração não pulsa tal qual no começo...
Quando me atingias com a cura.