SOFRER
Se me foi destinado ser sozinho,
Não me toma de assalto a dor covarde,
Nem há de, meu verso, fazer alarde
Da solidão que asfalta meu caminho...
Uma alma que ama, cedo ou tarde,
Pode encontrar na flor o rude espinho,
A ferir-lhe o âmago, qual daninho
E vil punhal que faz gerar-se um mar de
Mil sofrimentos em que ela mergulha,
ONde não tem lugar a calmaria,
Como se eterna fora essa tormenta...
Mas é então que a alma não lamenta,
Antes transforma em bela poesia
Esse sofrer, do mal que a esbulha.
Bom dia, amigos.
Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.