SOFRER

Se me foi destinado ser sozinho,

Não me toma de assalto a dor covarde,

Nem há de, meu verso, fazer alarde

Da solidão que asfalta meu caminho...

Uma alma que ama, cedo ou tarde,

Pode encontrar na flor o rude espinho,

A ferir-lhe o âmago, qual daninho

E vil punhal que faz gerar-se um mar de

Mil sofrimentos em que ela mergulha,

ONde não tem lugar a calmaria,

Como se eterna fora essa tormenta...

Mas é então que a alma não lamenta,

Antes transforma em bela poesia

Esse sofrer, do mal que a esbulha.

Bom dia, amigos.

Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 09/04/2020
Código do texto: T6911172
Classificação de conteúdo: seguro