INDESCRITÍVEL...

Janela intolerável essa que se vai passando,

Indescritível tristeza imposta ao meu coração!

Olhar as luzes das amadas vidas se apagando...

Oh! Sofrimento intenso do dia a dia, feito vulcão!

Não, definitivamente a vida não é mesmo bela...

É dor que me arrasta ao fundo do meu poço!

Viver, saber da morte, às vezes ainda moço...

Visões que invadem a alma, indesejável janela!

Cerrar os olhos para sempre... Tudo logo se vai...

Os amigos, toda carga de saberes... Os amores!

Segredos de uma vida toda! Teoria por terra cai...

Angustias, aflições, as saudades e até as flores...

A última lágrima e a indescritível confusão mental,

Será só depressão este momento transcendental?!

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 07.05.2015

18h00min [Noite]

Estilo: Soneto