Soneto de fim de tarde
Dos fracos raios do sol poente
Refletidos nas folhas da rua
Ressurge a pintura ardente
Mas tão terna quanto pele nua.
Entardecer deveria ser poema
Daquele de rica rima
Um adocicado dilema
Degustável em qualquer clima.
Um tempo tão bem perdido
É aquele que se perde
No horizonte entretido.
É quando o sol adormece
A brisa te toca
E a vida acontece.