Só, em seu funeral.

Quintal vazio, sala sem ninguém.

Além do mais tinha vácuo mental.

Visceral dor que tirava seu zen.

Alguém dizia: doença viral.

Arsenal de perguntas, ora, amém.

Bem nenhum deixou; nem material.

Portal sem flores. É íntegro, acúmen.

Desdém: sem abraço, irracional.

Normal: efêmeros nada os proíbem.

Tem-se um inicio um meio e o final.

Mortal, simples assim: deuses aquém.

Vem o carro fúnebre do hospital.

Sinal do cortejo, da ida também.

“Blémblém sino”; e só, em seu funeral.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 07/04/2020
Código do texto: T6909757
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