Chuvas que cantam

Recomeço em cada verso...
Renovo é a estação de parada:
A fonte jorra num apreço
o verde vivo da caminhada...

O sal da saudade macera a paixão,
acorrenta o tempo e a rosa dos ventos;
mas a benquerença não é em vão
e esculpe desde o beijo ao bom senso...

Os versos passeiam no aroma do tinto
tecendo teias que se entrelaçam no contexto;
acabam cambaleantes culpando o que sinto...

A noite chega, mas não me calo; é o pretexto
para o jogo de cartas absorto na sorte...
Ganho a cama... Espera por mim! Me absorve!