ENTEOMANIA
ENTEOMANIA
Andando ensimesmado pela rua,
Passou despercebido dos demais.
Talvez as vozes nem fossem reais,
Tampouco fosse sangue sobre a lua...
Contudo, delirante continua
Sonhando céus e terras tais-e-quais
Aqueles que encontrara nos anais
Dos concílios dos santos que cultua.
Crê, d’estarte, que tudo está escrito,
Olhando sempre para o Infinito,
Na ânsia de melhor ver onde o sagrado.
E, na esperança vívida do Reino,
Enxerga sua vida como um treino
Para depois da morte consolado...
Belo Horizonte – 20 10 1996