POEMA E PALAVRA

A beleza do poema, ─ é bem verdade ─,
prescinde do requinte do atavio
e a muitos ornamentos é arredio:
é homem e é da masculinidade

deixar os ornamentos à alvedrio
das damas, triburias da vaidade,
qual a beleza mor da humanidade
às quais nunca é demais todo elogio

A palavra, se , esta é mulher
razão porque o poema com carinho
quer ser para a palavra qual um ninho

para a abrigar tão bem quanto puder
e que elas tragam, com amor profundo,
os sentimentos todos deste mundo.

   Diógenes Pereira de Araújo
Diógenes Pereira de Araújo
Enviado por Diógenes Pereira de Araújo em 05/04/2020
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T6907112
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.