OIÇO O MAR NERVSO E REVOLTADO

Oiço o mar nervoso e revoltado,

Nas ondas pertinazes desta vida,

Enquanto o lume fica excitado!

Nesta ombreira da porta sentida.

Como cortinas de luz p'lo meu fado,~

Do vento os farrapos eu interrogo...

Lá anda o sol a dormir assim coitado!

Nos calcanhares da noite do meu fogo.

Como árvores de tristeza mesmo leda,

Dizia então nuna rua na bela alameda,

E naquela madrugada muito feroz.

Trago uma linda mensagen int'ligente,

Como cortinas de fogo provávelmente,

No coraçãp da noite, estamos nós!

LUÍS COSTA

LAMEGO, 08/08/2005

QUINTA DE CALVILHE

TÓLU
Enviado por TÓLU em 05/04/2020
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