Soneto brisa
Brisa, conte àquela que tem olhos chorosos
que meu abraço absorve trevas,
sussurre em seu coração, brisa,
sussurre que a amo.
Brisa, sopre nos cabelos dela
o perfume da rosa escondida entre os espinhos,
passeie em sua nuca como minhas mãos
percorrem a pele marcada por cicatriz.
Brisa, não se afastes dela,
não negues a tradução da beleza,
pois a entendo de forma tão particular.
Brisa, não retroajas aos obscuros
cegos e infantis de algo exterior,
diga que a amo, brisa, que a amo.