VÍRUS, DÚVIDA TIRANA
Se diz silêncio, mas não silencio,
Mesmo com o peito sangrando de dor,
Ainda peço, rogo, balbucio,
Ao ver ao lado outro sofredor.
Onde era mar, oceano bravio,
O perigo em ondas de horror.
De temor, nem seu nome pronuncio,
É grande seu poder destruidor.
Apelo pra ciência soberana,
O apelo não escuta resposta.
Já bate uma dúvida tirana:
É este o fim da raça humana?
A perda de todos que a gente gosta,
É isto, do inferno uma amostra?