A denominação do ser

 
Quando volto o meu olhar só para mim
Vejo estranhos espaços nos infinitos desertos
Não permito que a luz brilhe para ficar desperto
Intermináveis denominações que me são afins...

Sendo que meu querer é só amar e ser amado
Numa luta brutal de sombras e belezas descritas
Glorificadas com meigas palavras ditas e bonitas!
Num poente magnífico, onde a luz irradia o dourado.

A voz que ressurge nos belos versos descritos
Em errantes encantos, com fúrias e opulências
Brancuras encantadoras nas sábias experiências.

Indefiníveis perfumes nos salmos e cânticos vistos...
Luares e neblinas, encontros de almas afins nas carências
Sem denominarmos quem somos em nossas vivências...


 
 
Texto e imagem: Miriam Carmignan