SILÊNCIO MAL-ASSOMBRADO

O silêncio é frágil como uma bolha,

Daquelas de sabão a flutuar,

Que ao tocar de leve numa folha,

Em total silêncio some no ar.

Às vezes o silêncio é uma bênção,

Quando a sós queremos estar,

Outras um mal, se vem a solidão,

Que também costuma perturbar.

O pior silêncio é o das ruas,

Que agora estão desertas e vazias,

Parecendo noites em pleno dia.

Sem as crianças com sua alegria,

Até o Sol parece desbotado.

No ar um silêncio mal-assombrado.

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Mais uma interação do Mestre fcunha lima, para enriquecer nosso

cantinho de poesia:

SILÊNCIO DO VENTO

A voz do vento disse que partia,

Porque queria ler meu pensamento

Neste lamento ao falar que ia,

Assoviava como um passatempo.

A voz do vento nesta agonia,

Tanto fazia, devagar ou lento,

Neste momento deste movimento,

A voz do vento se reascendia.

Talvez a voz do vento vá embora,

Sabendo que chegou a sua hora,

Quiçá para fugir de mim, de nós.

Sem voz o vento fica só sussurro,

Do próprio tempo não se ouve o urro,

Só meu silêncio por não ter mais voz.

Como sempre aplaudindo o mestre Jota. fernando cunha lima.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 03/04/2020
Reeditado em 07/05/2020
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