SILÊNCIO MAL-ASSOMBRADO
O silêncio é frágil como uma bolha,
Daquelas de sabão a flutuar,
Que ao tocar de leve numa folha,
Em total silêncio some no ar.
Às vezes o silêncio é uma bênção,
Quando a sós queremos estar,
Outras um mal, se vem a solidão,
Que também costuma perturbar.
O pior silêncio é o das ruas,
Que agora estão desertas e vazias,
Parecendo noites em pleno dia.
Sem as crianças com sua alegria,
Até o Sol parece desbotado.
No ar um silêncio mal-assombrado.
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Mais uma interação do Mestre fcunha lima, para enriquecer nosso
cantinho de poesia:
SILÊNCIO DO VENTO
A voz do vento disse que partia,
Porque queria ler meu pensamento
Neste lamento ao falar que ia,
Assoviava como um passatempo.
A voz do vento nesta agonia,
Tanto fazia, devagar ou lento,
Neste momento deste movimento,
A voz do vento se reascendia.
Talvez a voz do vento vá embora,
Sabendo que chegou a sua hora,
Quiçá para fugir de mim, de nós.
Sem voz o vento fica só sussurro,
Do próprio tempo não se ouve o urro,
Só meu silêncio por não ter mais voz.
Como sempre aplaudindo o mestre Jota. fernando cunha lima.