BREU PROFUNDO (soneto)

Em cada estrela no céu a palpitar

Na imensidão do breu profundo

Me sinto agora em outro mundo

Quase sem ruído, tudo a silenciar

Noite. De um negror moribundo

O veto proceloso na greta a uivar

E o sonho sem ter como sonhar

As horas mais lentas no segundo

E a voz da solidão no abandono

Que nas sombras se escondem

Azoado, sinto o hálito do sono

Minha alma tal como um refém

Devaneia na saudade sem abono

Na escureza velando por alguém

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

01/04/2020, 19’29” - Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/pdCAf0T5hPA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/04/2020
Código do texto: T6903822
Classificação de conteúdo: seguro