Fale-me, Margarida
Fale-me, por favor, Margarida:
Por quê perdeste o encanto ?
Por quê não deitas no meu manto ?
E não me queres em sua vida ?
Guardo-te no afável recanto,
De minh'alma híbrida.
Derrama-me o teu triste pranto
Que hei de sanar tuas feridas!
Fala-me, isto me servirá de beijo.
De ti, sinto a cada dia, mais desejo
E uma ânsia infindável de ter-te...
Quando voltarmos desta briga
Vamos jurar nunca mais ter intrigas
E eu direi -Amor, ao meu colo, deita-te!-