Espera

Os lumes afogados na tristeza,

Cílios não atingem a retenção,

O choro liberto como a natureza,

Portando a enchente com distração.

O coração gerando latejo aos pulsos,

A respiração trabalhando defasada,

Lágrimas caindo secas aos impulsos,

Guardando as águas quentes estancadas.

Suspiro profundo é regente da dor,

E o juízo da o tom que a dor suporta,

Desta melodia orquestrada em torpor.

Guia as sonâncias enfim sem efeito,

Ao sentimento abatido da espera,

Íntimo tênue rompido no peito.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 01/04/2020
Código do texto: T6903204
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.