JUVENTUDE (soneto)

Lembras-te, poesia, quando, era só alegria

Ao fim do dia, o pôr do sol mais que luzidio

Era arrepio na alma, e a satisfação persistia

E em teus versos canto de juventude no cio

Tudo era ingênuo, melodioso e de fantasia

Felizes, ambos, íamos trovando o desafio

Fio a fio, nas venturas com a boa teimosia

Ecoando em nós o inato recato de ter brio

Tudo era longo, e o agora mais duradouro

O azul do céu num infinito da imaginação

E o amanhã no amanhã, um novo tesouro

E em nosso olhar, aquela tão mágica visão

De que tudo é possível no sonhar vindouro

E o mundo seguia mundo sem preocupação

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

31/03/2020, 14’27” - Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/jJov3fd5AkI

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 31/03/2020
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