O teu pulsar


O som do teu pulsar invade serenamente todo meu ser
Como os ninhos desfeitos nas impetuosas tempestades
Amanhece o dia nas florestas, nos montes e nas cidades
Revendo meus conceitos tento voltar, reciclar e refazer.

Como as aves que não desistem, muito pelo contrário:
Retomam e com seus instintos são amorosas e delicadas
Fio por fio, elas recompõem os seus ninhos, se afetados
Indescritíveis movimentos nas reconstruções, relicários...

Sorrio com lágrimas nos olhos, sinto o cheiro do alvorecer
No caminhar divago em devaneios, minha mente presente
Um pulsar envolvido nos momentos com sentimentos reais.

Encantos apaixonados, sonhos que se desfazem no escurecer
Todos se recolhem, sem piares, silenciosos pulsares presentes...
Andarilhos procuram, pulsam os corações nos intensos areais.






Texto; Miriam Carmignan
Imagem Google