EM TODO CASO

EM TODO CASO

Ao ocaso do acaso onde o amor se viu

Entre a melancolia e os céus lilases.

Inútil discutir; fazer as pazes,

Se tudo é decadência... Tudo é vil...!

Ao acaso do ocaso onde o sol partiu

Já à procura de almas mais audazes.

Eis: A lua tem ciclos; o amor, fases...

E o nosso finalmente em si caiu.

Graves, como convém, nos afastemos

Em direções distantes e distintas

A fim-de que nós sós nos encontremos.

Em todo caso, espero que tu sintas

Por este mesmo ocaso que ora vemos

As nossas emoções em vão retintas.

Betim - 12 12 1992