A dor da idade
Triste por carregar os jugos da vida.
Dói-me o corpo, o coração,
Os joelhos, as pernas e o pulmão
E já não tenho mais a minha querida
Tenho ainda que escutar reclamação
De uma boca felina e malferida.
Mas, no meu peito, há uma ermida,
E tenho esperança na bênção.
Eu peço encarecidamente a Deus,
Que dê à lembrança dos olhos seus
E da nossa união na juventude;
Que me dê forças para enfrentar o dia;
E a cada dia que se inicia,
O dom de agradecer pela vicissitude!