Lapsos
Vou longíquo destas riscas em versos
Em hostis manobras com a rima
Ressalto acima dos degraus os tropeços
Fixo os ciclos, trago os versos ao clima.
Essa dama é mágoa que me anima
Permito a terra refinar meus lapsos
As cadências da métrica que inflama
E me grita tantas seivas e bagaços.
Sinto o rasgo dos versos na minha mão
Feito petisco quando estanca a fome
Conduz anônimo seguindo a direção
Do delírio ofegando entre o raso e cume
Uma piracema nessas ondas passando
Fruindo imerge a rima, versando.