Estrela Dalva
Imensas madeixas, crespas e vistosas
Despertada, se agita, em suave carícia
Ao frescor da noite, essência e malícia
Uma estrela maior, dalva, a majestosa.
O brilho lhe nasce, da própria opulência
E enquanto o malefício fia em si mesmo
Menospreza as pedras, atiradas a esmo
Por ser gigante, e de cândida clemência.
Aqui embaixo, o homem finca sua casa
E titobeia com a fraqueza de suas asas
O brilho da estrela, no céu, descoberto.
O cosmo a contempla em cada centelha
Que sai, e em cada ponto de si, espelha
O firmamento, o mundo macro e incerto.