Estrela Dalva

Imensas madeixas, crespas e vistosas

Despertada, se agita, em suave carícia

Ao frescor da noite, essência e malícia

Uma estrela maior, dalva, a majestosa.

O brilho lhe nasce, da própria opulência

E enquanto o malefício fia em si mesmo

Menospreza as pedras, atiradas a esmo

Por ser gigante, e de cândida clemência.

Aqui embaixo, o homem finca sua casa

E titobeia com a fraqueza de suas asas

O brilho da estrela, no céu, descoberto.

O cosmo a contempla em cada centelha

Que sai, e em cada ponto de si, espelha

O firmamento, o mundo macro e incerto.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 28/03/2020
Reeditado em 04/04/2021
Código do texto: T6900091
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