MUTANTE
Cansei-me de falar com meus botões...
De ouvir os meus próprios e tolos sermões,
e de tentar fugir pela janela...
Silenciei as vozes dos porões...
Deixo agora, espaço para as canções
que pintem a vida em aquarela.
Não quero saber de mais retaliações...
Quero viver sem as limitações,
que me impuseram a triste sequela...
Quero viver a todo vão momento...
E desfrutar do acontecimento
em cada vez que o pé, o chão, pisar...
Por fim não temerei o fim de tudo,
quando afinal impere o tempo mudo,
pois tudo deixo, sem drama e sem pesar.