ESSES VERSOS

Ah... Esses versos que se infiltram pelos poros

e sobrevoam céu do cerne, independentes,

concedem melodia ao verbo, bens sonoros,

e a alguns sentidos dão bailados diferentes...

Ah... Esses versos que se espalham, meteoros,

estilhaçando estrela aos ares resplendentes

do sentimento; olor divino de inodoros

nas sensações de sol e lua coincidentes...

Eles saltitam ante as vistas, sem medida,

vicejam tudo em tons, matizes mais sensíveis

e, folgadinhos, nus, ajeitam-se na essência.

Elevam devaneio à vera, pulso e vida,

que, nalma, atinge o auge em alturas impossíveis,

até cair, em chuva, aos secos da consciência.