CÉU

Acende cada estrela, de presente,

e as cede, iluminando, ao lago brando.

Exibe, pleno, altivo, seu comando

o céu que abraça tudo, onipresente.

O humano fervilhante, em susto, urgente,

no ciclo infindo e aflito quanto-e-quando,

se pouco faz da Terra e o céu ressente,

recebe seu furor minaz, nefando.

Mas este céu ferido, atroz, ferino,

Vaidoso, vingativo, tão malvado,

que entorna tempestades, assassino...

É o mesmo a dar a lua, alucinado,

depois de serenado, já menino,

ao simples seresteiro apaixonado.