NA BARRIGA DO LOBO

Poeta, eu lhe peço que me ouça por favor!

Abra para mim a porta! salva-me a vida,

Pois atrás de mim há um cruel caçador

Que aproveita da minha fama não querida.

Ele Diz que devorei a avó mais chapeuzinho,

Porém isso não fiz, pois estou de dieta.

O caçador apareceu no meu caminho

com o revólver apontado à minha reta...

Não sou nenhum santo eu sei, mas lhe peço: creia

Em mim! Não comi a anciã, tão pouco sua neta;

Jamais pratiquei na vida coisa tão feia.

Abrindo a porta para o animal perseguido,

tem agora nova residência o poeta:

a enorme barriga do seu protegido.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 24/03/2020
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