SONETO MOFADO
Resquícios de serestas e arrebóis
Embolorando a horda de senis --
Ninguém precisa aqui dar nome aos bois --
Em quarentena aflita...Ah, que feliz
Encontro, e urgente, que não há depois.
É a nata do medíocre, de imbecis
Nostálgicos do beletrismo a dois,
A três, a mil...Aplausos, peçam bis!
E assim, sem chegar perto -- olhar de esguelha --
Do mofo que os estômagos embrulha,
Caem sol e lua e o que mais der na telha
De cada tonto à toa, cada pulha.
E a teia duma aranha muito velha
Coroa a cafonérrima tertúlia.
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