SINO DOS PASSOS (soneto)

No sertão do cerrado um sino canta

15 horas, um sino num dobre triste

Canta... evocando os Passos aluíste

Do Senhor. Reclinai-vos é hora santa

Um sino canta... A alma no crer levanta

E ao vento soando em um dobre insiste

O canto solitário, que no tempo resiste

Em prece e o testemunho que encanta

Ao longe, num ar sombrio, arde o sino

Chora, e agradece com seus compassos

E o céu se cobre com o repicar em hino

E nesta hora de fé, ao chão os fracassos

Nossos, e o perdão ao nosso Pai Divino

No campanário, soa o sino dos Passos!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

23/03/2020, 15’20” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/ydPVCUZTwN0

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/03/2020
Reeditado em 25/03/2020
Código do texto: T6895124
Classificação de conteúdo: seguro