NAQUELA TARDE
NAQUELA TARDE
Naquela tarde de OUTONO, COMO UM PUNHAL,
Naquela cidade distante o sol então adormecia,
Como os óculos de vento nos ombros da cal,
Lá ia a chuva com os pés de lã e entãp se via.
Quando uma estrada carrega bem no pedal,
Lá então o céu todo pois lá se estremecia...
E naquela barriga da noite até no pedestal,
Se escondia uma cortina de sol e arrefecia.
E como naquele momento mesmo tão absoluto,
Nas montanhas de cristal do dia mesmo bruto,
Desciam as escadarias da nossa qu'rida saudade.
No entanto um pássaro de aço que voa lá no céu,
Voava como uma ave e que então desapareceu,
Nas pernas do mar e nas coxas da nossa saudade.
LUÍS COSTA
03/02/2004
TÓLU
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