CERRADO ALVORECENDO (soneto)

Um raiar grande e luzidio, um alvoroço profundo

O amanhecer no horizonte em histeria tremenda

As maritacas nos buritis já se fartando da merenda

E o cheiro do chão duro, do bafejo manso é oriundo

Preme pela janela o raio de sol rachado na fenda

O vento seco trovando suspiros vindos do fundo

Da melancolia, que traz a saudade num segundo

E que desperta no sertão com a mais bela legenda:

De vitalidade, pois é a diversidade já alvejando

Vê! Tudo é magia, leve, com toda a sua ousadia

Brilha o capim dourado no campo, em bando...

E tudo vai demudando, tal uma doce poesia

Escritas com as mãos do Criador, ali rimando,

A vida com a lida do alvorecer de mais um dia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21 de março de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

*no olho do furacão do COVID-19

Vídeo no Youtube:

https://youtu.be/GcUig7aKhdE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/03/2020
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