Infelicidade...

Consinto a divindade e o amor onírico,
Donde os desejos todos se misturam
Bem como os gestos vivos se trituram.
Deixo, assim, mi'a nudez dentro do eu lírico!

Ah! Não importa o que os demônios pensam!
Ser poeta é um filho tão estranho,
Da vida às vezes coisas traz de antanho,
E logo as ilusões se recompensam!

Assim, vivo fadada ao desengano
Perdida em desamor, fragilidade,
Buscando a orgia e a vã felicidade.

Ah! Tão dorido o sal que vem do engano,
Desde que mergulhei na insanidade,
Sorvendo a dor no cálix da maldade!


 
Mardielli
Enviado por Mardielli em 19/03/2020
Reeditado em 28/09/2020
Código do texto: T6891373
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