OFERENDA
Meu amor para sempre viverá, fresco e jovem em versos meus.
Shakespeare
Não! Não cures a chaga que me inflama,
Queimando o níveo peito com prazer,
Somente que mais viva arda esta chama,
Pintando mil matizes no meu ser!
Sim! Deixa que a alma seja epigrama,
E que essa chama possa se acender,
Assim a lava em letra se derrama
Na folha ardente em todo o meu querer!
Aceita o sentimento que ofereço,
Guardando-o em teu peito junto a ti.
E se dele ficar sem o endereço,
Pesquisa nos teus olhos, meu guri!
Se por ti em versos tantos me endoideço,
É, pois que te amei desde que eu te vi!