O CAMPONÊS
Eu me inspiro com grande precaução
Pra falar sobre o povo nordestino
E retrato com muita perfeição
A faina do caboclo campesino
Num soneto sincero e genuíno
Mostro a vida vulgar do cidadão
Do camponês pacato e peregrino
Que vive sem nenhuma proteção
Sem amparo nenhum, o bom roceiro
Vira servo do tosco cativeiro
E vítima fatal do desengano
Seu trabalho forçado nunca medra
Com o peso infernal da grande pedra
Vai morrendo como pobre ser humano