POETAS DO SAMBA - ALVAIADE E DJALMA MAFRA
BANCO DE RÉU
(Alvaiade / Djalma Mafra)
Sento no banco de réu e aguardo a sentença
Porque até hoje ninguém destruiu minha crença
Pela voz que ordena que eu me conforme
Porque aquele que mora lá em cima não dorme
O sofrer é da vida eu aceito
Não guardo, porém,
Ódio ou rancor dentro do peito
Tenho a minha consciência pura e sã
Quem me condena
Não se lembra do amanhã.
Se ages com lisura e consciência,
Não hás de ter qualquer preocupação
Com quem te julga, pois tens convicção
Da tua licitude e decência.
O bom costume faz a diferença
E cria para ti u'a boa imagem
A não nos parecer mera miragem,
Nem dar margem a uma sentença.
Portabto, senta no banco de réu
E deixa que as más línguas te condenem
Com base no que seja que imaginem
Ignora aqueles que te recriminem
Porque não há motivo a que te apenem -
- Tu sabes onde pões o teu chapéu.
Bom dia, amigos. Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.