POETAS DO SAMBA - ALVAIADE E DJALMA MAFRA

BANCO DE RÉU

(Alvaiade / Djalma Mafra)

Sento no banco de réu e aguardo a sentença

Porque até hoje ninguém destruiu minha crença

Pela voz que ordena que eu me conforme

Porque aquele que mora lá em cima não dorme

O sofrer é da vida eu aceito

Não guardo, porém,

Ódio ou rancor dentro do peito

Tenho a minha consciência pura e sã

Quem me condena

Não se lembra do amanhã.

Se ages com lisura e consciência,

Não hás de ter qualquer preocupação

Com quem te julga, pois tens convicção

Da tua licitude e decência.

O bom costume faz a diferença

E cria para ti u'a boa imagem

A não nos parecer mera miragem,

Nem dar margem a uma sentença.

Portabto, senta no banco de réu

E deixa que as más línguas te condenem

Com base no que seja que imaginem

Ignora aqueles que te recriminem

Porque não há motivo a que te apenem -

- Tu sabes onde pões o teu chapéu.

Bom dia, amigos. Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 18/03/2020
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