A gaiola e o grilhão
A gaiola e o grilhão
Chora a ave engaiolada na prisão
Importuna e cruel foi sua sina
Sentenciado de forma repentina
À viver agonizando no alçapão
Dói minh'alma, dói-me o coração
De ver triste este galo-de-campina
Ele quer voar como as aves de rapina
E se libertar deste lúgubre caixão
Ave, na prisão tu és meu amigo,
Pois choro, lacrimejo contigo
E sinto esta total discrepância
Quero libertar-te da gaiola!
Solto, ao meu ouvido, cantarola
Enquanto me liberto da ignorância!