SONETO À ARVORE DA CHINA
A frondosa árvore plantada na esquina
Qual sonhos de tantos, já vem a florar...
Não sabe se flora uma flor de guarida
Não sabe se flora uma flor ao luar.
Carregam os seus galhos teimosa esperança
Missão: vir da terra ao outono florir...
Miúdas florezinhas transitam mudanças
Dentre seu verdume uma aquarela a espargir.
A sua primavera começa amarela
Ensaia aos céus cachos de bem porvir
Encenam à vida vários tons em quimeras
Abrindo as janelas às abelhas a zunir.
Se magentas suas flores já serão despedida...
Até a próxima vinda da dádiva a se aplaudir.
Nota: em homenagem ao belíssimo espetáculo da floração da estação, a da Koelreuteria Bipinnata, mais conhecida como Árvore da China.