Nó(s) Súbito
Cada grão de areia testemunhou.
No olhar, no primeiro: honestidade;
No abraço, inteiro: sinceridade;
Nem adeus, quando tarde, nos separou.
Os relatos de chuva e noite fria,
Eu confesso, me trazem desconfiança.
Pois, a noite que trago em minha lembrança
Não sei tempo, espaço... Nem teoria.
O olhar, que tão longo tempo olhamos,
Foi criando, aos poucos, cada degrau
Dessa escada, levando ao que viramos.
E descemos, com ritmo tão igual,
Nesse “nós” do olhar nosso, que nem notamos:
Nos perdemos tão fundo, em espiral.