LETAL

A porta fechada, por fim encontrou.

De nada valeu reflorir paradeiro,

soprar marimbondos naquele goleiro

atento a seu chute perfeito pro gol.

Então, finalmente vencido, aceitou:

Jamais o capim, do jasmim, tem o cheiro.

Do céu nascimento direto ao bueiro...

Um surto infinito impediu o seu show.

De tanto sentir se tornou coração

penando de falta de tudo com fome,

cansado... arrastando... o compasso... no chão.

Um músculo fraco, impreciso e sem nome,

que opresso, perece na vida aflição...

Um corpo letal que a si mesmo consome.