A BORBOLETA

Quando voas trôpega por meus sonhos,

o rastilho azul em ti, me hipnotiza.

E como só a mais benfazeja brisa,

refresca-me pensamentos tristonhos.

Teu bailado, segredos profetiza:

-Delicadeza é a arma que disponho!

E seguindo-te com olhar risonho,

metamorfose em mim se realiza!

Avança teu trajeto lancinante,

sem saber que do teu vagar errante,

floresce a paz no meu peito em escombros.

Alçando voo teu encanto transcende

ao galho, ao tronco, a tudo que se estende

da borboleta, tatuada em teu ombro!

*em interação ao soneto homônimo de Ricardo Camacho.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 14/03/2020
Código do texto: T6887690
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