A BORBOLETA
Quando voas trôpega por meus sonhos,
o rastilho azul em ti, me hipnotiza.
E como só a mais benfazeja brisa,
refresca-me pensamentos tristonhos.
Teu bailado, segredos profetiza:
-Delicadeza é a arma que disponho!
E seguindo-te com olhar risonho,
metamorfose em mim se realiza!
Avança teu trajeto lancinante,
sem saber que do teu vagar errante,
floresce a paz no meu peito em escombros.
Alçando voo teu encanto transcende
ao galho, ao tronco, a tudo que se estende
da borboleta, tatuada em teu ombro!
*em interação ao soneto homônimo de Ricardo Camacho.