Do pó ao pó
Do pó eu vim, ao pó estou voltando.
É essa a nossa inevitável cruz.
O corpo vai no vento se espalhando
E a alma vai seguindo a sua luz.
Eu vou, mas volto, sempre aprimorando,
Minhas feridas, minha dor, meu pus...
Assim eu vou singrando e vou sonhando
De um dia estar nos braços de Jesus.
Nesse mundo onde o tempo faz a lei,
Meu corpo auxiliou nessas andanças,
Por tudo o que vivi e o que deixei.
Assim, nessa viagem de esperanças,
Levo saudades de quem muito amei,
De quem muito me amou, ficam lembranças.