EXPLORAÇÃO
Eu não recebo muito dinheiro,
A pensão não dá mesmo pra nada,
Lá por ser filho de Engenheiro,
Tenho uma vida mesmo desgraçada.
Sou um teso como um pinheiro,
O dinheiro é uma esmola criada,
Tenho pensado muito primeiro,
Que me querem roubar a emxada.
Querem-me explorar o que eu tenho,
Qu'é pouco neste meu belo rebanho,
Pra ficar na penúria mesmo assim.
Eu não sou rico, sou mas é apenas...
Pobre, o que eu tenho são as penas,
Duma vida mesmo assim tão ruim.
LUÍS COSTA
26/06/2007