EXPLORAÇÃO

Eu não recebo muito dinheiro,

A pensão não dá mesmo pra nada,

Lá por ser filho de Engenheiro,

Tenho uma vida mesmo desgraçada.

Sou um teso como um pinheiro,

O dinheiro é uma esmola criada,

Tenho pensado muito primeiro,

Que me querem roubar a emxada.

Querem-me explorar o que eu tenho,

Qu'é pouco neste meu belo rebanho,

Pra ficar na penúria mesmo assim.

Eu não sou rico, sou mas é apenas...

Pobre, o que eu tenho são as penas,

Duma vida mesmo assim tão ruim.

LUÍS COSTA

26/06/2007

TÓLU
Enviado por TÓLU em 13/03/2020
Código do texto: T6886740
Classificação de conteúdo: seguro