DESCOBERTA...
Beleza bruta, um diamante se lapida
Dureza nas entranhas, superfície estranha
É pedra sem valor, sem brilho, só apanha
Aos golpes do cizel e amaldiçoa a vida...
Mal sabe que o amor lhe cura a ferida
E cada golpe é dor fazendo uma façanha
De encontrar valor num brilho que se ganha
Pra ser brilhante gema, mas desconhecida...
Assim em nosso corpo, espírito se oculta
Na carne à força bruta lava, o tempo insulta
Lapida o sentimento numa luta incerta...
Mas é o caminho escuro para ser diamante
Beleza ao céu da noite, brilho tão distante
Será o nosso fim... O amor na descoberta...
Que permanecerá eterno e mais brilhante...
Autor: André Luiz Pinheiro
12/03/2020