SOFREGUIDÃO
No fundo dos meus olhos meus anseios,
No raso o meu pranto represado,
Palpita o coração já sem esteios,
Ecoa o grito da alma, sufocado.
Um fogo ardente queima sem rodeios,
Dilacerando um sonho arraigado,
É o amor em conflitantes devaneios
Saltando no meu peito apaixonado.
Do turbilhão da angústia insaciável
Nesses poucos instantes de cortejo,
A sensação de um tempo interminável.
E diante da amada o meu desejo,
Numa sofreguidão incontrolável...
Culmina com descontrolável beijo.